Os vencedores do Prêmio Eisner 2020 (o Oscar dos quadrinhos, que traz em seu nome homenagem ao gênio Will Eisner) foram anunciados na última sexta-feira, dia 24. Das 31 categorias, 17 foram vencidas por mulheres, segundo levantado muito bem feito pela coluna do Érico Assis no Omelete. Ebony Flowers, Emil Ferris, Diane Noomin, Kamome Shiharama, Emma Rios, Erica Eng, Qiana Whitted, Nnedi Okorafor, Tana Ford, Tillie Walden, Mariko Tamaki, Rosemary Valero-O’Connell, Colleen Doran, G. Willow Wilson, Harmony Becker foram as vencedoras. Dezenove ganharam, já em algumas categorias foram duas juntas. Apesar de alguns nomes menos conhecidos dentro da indútria, a grande maioria dessas artistas ganha espaço em um universo que foi dominado historicamente pelos homens.
Todo ano também são escolhidos indicados para o Hall da Fama dos Quadrinhos. Esse ano foram 8, estabelecendo uma paridade (apesar de não ter sido planejada) entre homens e mulheres. As 4 mulheres são: Nell Brinkley, Alison Bechdel, Louise Simonson e Maggie Thompson.
Com isso tudo, é possível perceber como o domínio feminino na indústria dos cartuns chega com od dois pés na porta. Desde o início dos anos 2010, era possível ver isso como um fenômeno em ascensão. Entretanto, agora, em 2020, é a primeira vez que vemos mais mulheres quadrinistas ganharem o Eisner do que homens.
O maior destaque de todos feito por quem vos fala é de Emil Ferris, criadora de “Minha Coisa Favorita é Monstro”, que ganhou Melhor Edição Única.
É importante comentar que nesse emaranhado feminino, ainda temos poucas representates negras, asiáticas e LGBTs. Em um momento da discussão da representividade cada vez mais em um pauta, há também urgência para esses grupos estarem presentes no espaço da cultura pop. Urge-se como cada vez mais necessário.
Porém, é de se comemorar, tais números tão históricos.